domingo, 28 de abril de 2013

Nova época de orquídeas silvestres na Arrábida (12): Erva-percevejo (Orchis coriophora)





Erva-percevejo, ou Erva-do-salepo  (Orchis coriophora L.)
Erva vivaz (tipo fisionómico: geófito) tuberosa (com dois tubérculos subglobosos); com caules floríferos de 10 a 35 cm, rodeados na base por bainhas foliares escariosas; as folhas basais, mais ou menos em roseta, de lineares a linear-lanceoladas, glabras; as caulinares progressivamente mais curtas, com as distais bracteíformes; inflorescência subcilíndrica, densa, com 12 a 30 flores pequenas, rosadas ou purpúreas, com manchas irregulares, extensas, mais salientes e visíveis no labelo que se apresenta divido em três lóbulos.
FamíliaOrchidaceae.
Distribui-se por quase toda a Europa, Oeste da Ásia e Norte de África, desde a Líbia até Marrocos. Em Portugal ocorre em grande parte do território do Continente (desde o Algarve até Trás-os-Montes).  Aparentemente, ausente no Alto e Baixo Alentejo e no Minho.
Habitat: Prados, clareiras de matos e bosques, em zonas com alguma humidade, sobre substratos calcários ou siliciosos.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 23 - Abril - 2013)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Misopates calycinum

 

Misopates calycinum (Lam.) Rothm.   
Herbácea anual (tipo fisionómico: terófito) da família Plantaginaceae, com caule erecto, ora simples, ora muito ramificado, que pode atingir entre 30 a 90 cm.
Planta nativa do sul da Europa (Península Ibérica, França e Itália) foi, no entanto, introduzida outros países, nalguns dos quais é considerada planta invasora. Em Portugal ocorre, pelo menos, no Algarve, no Baixo Alentejo e na Estremadura.
Habitat: campos agrícolas abandonados ou incultos, baldios, margem de estradas e caminhos, em sítios com alguma humidade e em solos, frequentemente, de origem calcária.
Floração: entre Abril e Junho
(Local e data: Serra da Arrábida; 24 - Abril- 2013)

terça-feira, 16 de abril de 2013

Tomilhinha (Thymus zygis ssp. sylvestris)



Tomilhinha, Tomilhinho, ou Serpão-do-monte [Thymus zygis L. ssp. sylvestris(Hoffmanns. & Link) Coutinho]
"Erva perene [da família Lamiaceae] com 1-3dm, de caules (...) puberulentos, mais ou menos tomentosos, erectos ou decumbentes; folhas com 6-10X1mm, axilares, lineares, subagudas, sesséis, tomentosas (...). Inflorescência até 10 cm densa e capitada (...); cálice com 3,5-5 mm, tomentuloso; corola com 4-5mm esbranquiçada" (in "Flores da Arrábida - guia de campo" de José Gomes Pedro - Isabel Silva Santos; ed. Assírio & Alvim -2010).
É um endemismo ibérico que ocorre no centro e sudeste da Península Ibérica. Em Portugal encontra-se no centro-oeste (calcário) e no centro-sul (arrábido) em sítios secos e solos calcários (op. cit.)
Floresce de Fevereiro a Julho.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 11 Fevereiro - 2013; 27 - Março - 2013)
(Clicando nas imagens, amplia)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leite-de-galinha (Ornithogalum orthophyllum subsp. baeticum)






Leite-de-galinha *[Ornithogalum orthophyllum Ten. subsp. baeticum(Boiss.) Zahar.**]
Herbácea, vivaz, bolbosa (tipo fisionómico: geófito) com bolbos ovóides revestidos por uma túnica esbranquiçada ou acastanhada, podendo a haste floral atingir até 20 cm. de altura. As folhas (3 a 10) são basais e aproximadamente lineares. Inflorescência em umbela com flores brancas em número muito variável, apresentando, no entanto, as tépalas uma larga faixa longitudinal verde na parte central do dorso.
Família: Asparagaceae
Distribuição: Península Ibérica, Argélia e Marrocos (Fonte)
Em Portugal ocorre, de forma irregular, em todo o território do Continente, segundo as fontes consultadas, mas de forma mais contínua no Centro Oeste e no Sul. 
Habitat: Não há concordância, quanto a este aspecto, nas fontes consultadas, mas diria, tendo em conta as minhas, ainda que poucas, observações que a espécie prefere terrenos geralmente pedregosos e secos, mas com boa dose de humidade durante a época das chuvas, em substrato calcário ou margoso. De facto, até ao presente apenas a observei no Algarve, na Serra da Arrábida e na Serra d'Aire, nas condições indicadas. 
Floração: de Março a Junho.
* Designação comum que é partilhada por outras espécies do mesmo género.
** Sinonímia: Ornithogalum baeticum Boiss.; Ornithogalum umbellatum var. longibracteatum Willk.
(Local e data da obtenção das fotos: Serra do Risco (Arrábida); 6 - Abril - 2013)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Nova época de orquídeas silvestres na Arrábida (11): Orchis conica


 





Orchis conica Willd. 
Erva vivaz, tuberosa, da família Orchidaceae, com caule liso, glabro, com 6 a 26 cm de altura; inflorescência terminal comportando entre 7 a 31 flores.
Distribuição: Sudoeste da Europa, Noroeste de África e, porventura, em algumas ilhas do Mediterrâneo Ocidental. Em Portugal é assinalada a sua presença no Algarve, Estremadura, Ribatejo,  Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral e, duvidosamente, no Alto Alentejo.
Habitat: pastagens, clareiras de matagais e bosques, em geral, sobre solos calcários.
Floração: de Fevereiro a Abril.
(Local: Serra da Arrábida; 6 - Abril -2013) 

Sedum mucizonia





Sedum mucizonia (Ortega) Raym.-Hamet * 
Planta herbácea anual, glauca (verde azulada), glanduloso-pubescente, pelo menos, ao nível da inflorescência. Espécie da família Crassulaceae, de pequeno porte (8 a 15 cm), em regra, multicaule, apresentando folhas roliças, carnudas, oblongas, com manchas avermelhadas; flores (longamente pediceladas, com corola com cinco pétalas de cor rosada, parcialmente soldadas entre si formando um tubo com o comprimento equivalente a cerca de 3/4 do comprimento das pétalas) reunidas em inflorescência em forma de cimeira terminal, pouco densa.
Distribuição: Centro e Sul da Península Ibérica; Norte de África. É dada como presente em Portugal no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Baixa e Beira Litoral.
Habitat: fendas de rochas e muros, sítios arenosos. Indiferente à composição do substrato.
Floração: de Abril a Agosto.
*Sinonímia: Mucizonia hispida DC. ex Batt.&Trab.
(Local e data: Sesimbra - Serra da Arrábida; 6 - Abril - 2013)  

terça-feira, 9 de abril de 2013

Campainhas (Campanula erinus)

Campainhas, ou Campânula (Campanula erinus L.)

Herbácea anual da família Campanulaceae, de pequenas dimensões (até 30 cm, que, raramente atinge) geralmente ramificada, distribui-se pelo sul da Europa, norte de África, oeste da Ásia e Macaronésia. Em Portugal encontra-se, a crer no mapa aqui consultado, por quase todo o território do Continente.  Trata-se, aparentemente de uma espécie pouco exigente, pois é capaz de aproveitar a fenda do topo dum muro de pedra e cimento para ali germinar e para nela se desenvolver até até ao ponto de florir, embora não tenha, como é evidente, condições para atingir, nesse caso, grande porte. Também aparentemente, não aprecia a concorrência, pois apresenta-se, geralmente, isolada, em muros, no meio de rochas ou mesmo entre as pedras dos caminhos.
Floresce a partir de Março. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 6 - Abril - 2013) 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nigella damascena


Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Ranunculaceae, com a designação científica de  Nigella damascena L., tem na língua portuguesa os nomes comuns de Barbas-de-velhoDamas-entre-verde e Damas-no-Bosque (in Portugal Botânico de A a Z), o primeiro dos quais pouco condizente com a beleza das flores. As designações em língua inglesa e em língua espanhola também vão do simpático ao muito pelo contrário. Vá lá saber-se porquê. Love-in-a-mist e Devil in the bush, lhe chamam os ingleses e os espanhóis, Arañuela e Cabellos de Venus, entre outros nomes mais populares.
A planta é nativa do sul da Europa, mas encontra-se noutras regiões e continentes, quer naturalizada (norte da Europa, norte de África e sudoeste da Ásia) quer como planta cultivada (América do Norte). (Fonte).
A cor das flores varia  entre o branco, o rosa, o violeta e os vários tons de azul. Curioso, neste caso, é o facto de que as partes coloridas da flor não serem as pétalas, como é mais habitual, mas as sépalas que podem variar de número (entre 5 e 25, segundo esta fonte que nos informa também que as pétalas se situam na base dos estames e são minúsculas e invisíveis à vista desarmada ou, pelo menos, pouco atenta, como é o meu caso).
O fruto é uma cápsula.
(Local e data: Serra da Arrábida - zona de Sesimbra; 9 - Abril - 2013)

terça-feira, 2 de abril de 2013